segunda-feira, 25 de abril de 2016

Afinal, as Olimpíadas são vantajosas ou não para o Brasil?

Acompanhamos pela mídia a repercussão sobre as Olimpíadas no Rio. Vemos os belíssimos projetos de obras, planejamentos e toda expectativa nesse evento. Mas, será que a cidade se encontra em condições? Será que após agosto as coisas melhoraram magicamente?
Sabe-se que para realizar uma Olimpíada, o custo não é baixo. E não somente o Estado do Rio de Janeiro como também o Brasil, passa por um momento de crise severa. O dinheiro publico aplicado nesse evento, podia ser direcionado a diversas outras áreas, como a educação, saúde, transporte. Certamente, a Olimpíada trouxe bons frutos. Como por exemplo, meios de transporte melhores e rápidos; mais recursos financeiros com a chegada dos turistas; criação de milhares de empregos nas obras do Parque Olímpico; o aumento no nível de segurança será superior na prevenção de assaltos, arrastões contra turistas; investimentos e divulgação de esportes poucos conhecidos no Brasil; valorização dos atletas. Mas, isso tudo é passageiro. A partir do momento em que os turistas deixarem o Rio de Janeiro, o Estado entra em um declínio alarmante. E é com isso que devemos nos preocupar. O aumento nos impostos após os jogos, o alto uso de verbas publicas dentre outras coisas.
O Rio de Janeiro, a cidade maravilhosa. Sede das Olimpíadas de 2016 . Olimpíadas essa que a maior parte da população carioca não poderá acompanhar de perto devido aos altos preços cobrados pelos ingressos. Uma Olimpíada feita para somente um tipo de classe. A Olimpíada que vem como uma lufada de ar fresco em meio a tanto caos. Uma Olimpíada, que segue o modelo pão e circo. Enquanto a população estiver na euforia dos jogos, novas modalidades, medalhas a situação estará equilibrada. Mas, e depois?

É certo que as Olimpíadas no Rio, tem muito mais o intuito de mudar a imagem de um Brasil em declínio, do que sua verdadeira finalidade, que é a de dar visibilidade aos diferentes tipos de esporte.


Laura Ribeiro
PIBIQUINHO ED FÍSICA 2016

domingo, 24 de abril de 2016

CICLOVIA PARA QUEM?

Sobre o desabamento de parte da ciclovia da Avenida Niemeyer (com duas vítimas fatais) inaugurada há apenas 3 meses no Rio de Janeiro, importa lembrar que este incidente criminoso não merece ser considerado um fato isolado.
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Deu-se o mesmo no Estádio Olímpico João Havelange, mais conhecido como Engenhão, interditado menos de seis anos após a inauguração por gravíssimos problemas estruturais em sua cobertura.

Também a Vila do Pan, construída para abrigar os atletas dos Jogos Pan-Americanos de 2007, e que depois teve os apartamentos vendidos para milhares de novos proprietários, sofreu com a interdição de várias áreas comuns do condomínio por erros absurdos de projeto, principalmente afundamento do solo. Crateras gigantes apareceram onde os construtores deixaram de realizar os procedimentos corretos de rebaixamento de solo em um terreno pantanoso.

A Cidade da Música, construída às pressas para abrigar a mais moderna sala de concertos do Estado, teve o resultado final criticado pelo próprio arquiteto responsável, com denúncias de superfaturamento e falhas de execução. Virou caso de polícia.

Mais recentemente, vários trechos do BRT e das ciclovias da cidade também registraram problemas de acabamento, com as pistas esfarelando semanas depois de inauguradas.

A lista é grande. Tão grave quanto o número de obras mal feitas no município, com erros de projeto e de execução, é a impunidade que prevalece sobre todos esses casos de desperdício de dinheiro público com riscos reais e mensuráveis sobre a vida das pessoas.

Considerando que o Rio se tornou um gigantesco canteiro de obras por conta das Olimpíadas, resta torcer para que novos acidentes gravíssimos como esses não voltem a acontecer. O problema é que o passado nos condena.


Texto do jornalista André Trigueiro.

ENQUANTO ISSO, NA EUROPA...

http://www.thegreenestpost.com/suecia-recusa-olimpiadas-opta-investir-dinheiro-publico-moradias/

HISTÓRIA DAS OLIMPÍADAS




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Jogos Olímpicos da Antiguidade
Os Jogos Olímpicos da Antiguidade se constituiam numa série de competições esportivas disputadas por atletas das cidades-estado que formavam a Grécia Antiga. Os registros históricos demonstram que os Jogos Olímpicos surgiram no ano de 776 a.C na cidade de Olímpia (região sudoeste da Grécia). 

Este evento esportivo possuia uma grande importância para os gregos, devido ao seu caráter religioso, político e esportivo. Primeiramente era uma forma de homenagem aos deuses, principalmente Zeus (deus dos deuses). Era também um momento importante na busca pela harmonia entre as cidades-estado. Servia também como um evento de valorização da saúde e do corpo saudável.

Os jogos ocorriam de quatro em quatro anos. Na época da realização do evento esportivo ocorria uma trégua nas guerras e conflitos. Era a "paz olímpica", que servia para garantir segurança dos atletas que tinham que se deslocar de suas cidades-estado até Olímpia.

Na antiguidade somente os homens livres, que falavam a língua grega, podiam participar dos Jogos Olímpicos. Os vencedores das competições eram tratados como heróis em suas cidades-estado. Ganhavam prêmios que simbolizavam a honra e a glória conquistada. Coroas de louro e ramos de palmeira eram dados aos atletas vencedores.

Os atletas disputavam várias modalidades na antiguidade como, por exemplo, arremesso de disco, corrida, natação, pentatlo, boxe, luta, salto a distância entre outros.

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Em 392 d.C. os gregos foram proibidos, pelo imperador Teodósio I, de praticar qualquer manifestação que valorizasse o politeísmo (culto a vários deuses). Desta forma, os últimos Jogos Olímpicos ocorreram em 393 d.C.

Olimpíadas na Grécia Antiga. Disponível em http://www.suapesquisa.com/olimpiadas/olimpiadas_grecia_antiga.htm. Acesso em 07 abril 2016.


Jogos Olímpicos da 
Era Moderna
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Ao final do século XIX, o barão de Coubertin teve a ideia de reinventar os Jogos Olímpicos da Antiguidade, em uma nova versão que permitia a participação de atletas de todo o mundo. Atletas de 14 países deram o seu melhor em competições de nove esportes Olímpicos: ginástica olímpica, atletismo, ciclismo (estrada e pista), esgrima, tiro, natação, levantamento de peso e luta olímpica (greco-romana). 
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Após aprovação oficial da proposta no primeiro Congresso Olímpico realizado em 1894, a escolha da cidade-sede foi unânime. Quatorze séculos depois, Atenas, palco dos Jogos Olímpicos da Antiguidade, receberia os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna, que se iniciaram no dia 6 de abril terminaram em 15 de abril de 1896. 

Para o Barão de Coubertin, o renascimento dos Jogos Olímpicos não era apenas um sonho, mas também uma consequência dos avanços científicos e culturais do século XIX. “Os homens começaram a viver menos isoladamente, raças diferentes aprenderam a conhecer e a entender o outro melhor e, ao comparar suas forças e conquistas na arte, na indústria e na ciência, uma rivalidade honrosa surgiu entre eles, encorajando-os a atingir feitos ainda maiores”, diz o barão. Desta forma, já apresentava os conceitos do que posteriormente se tornariam os valores do Olimpismo: respeito, amizade e excelência.


Jogos Olímpicos da Era Moderna: 116 anos de avanços e conquistas. Disponível em http://www.rio2016.com/noticias/jogos-olimpicos-da-era-moderna-116-anos-de-avancos-e-conquistas. Acesso em 07 abril 2016.

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quinta-feira, 14 de abril de 2016

O Projeto "OLIMPÍADAS PARA QUEM?"


A realização dos XV Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro em 2007, a realização da Copa do Mundo no Brasil em 2014 e as Olimpíadas, também no Rio de Janeiro, em 2016, vêm suscitando um acirrado debate na área da Educação Física. A questão gira em torno da realização dos megaeventos esportivos, considerando sua suposta capacidade de promover a cidadania,  baseada no “legado” deixado à população.

Apesar da eclosão da violência urbana; do aumento assustador do tráfico de drogas e dos índices de miséria da população brasileira, configurando um quadro de crise política, econômica e social em todo país, dados atualizados em 21 de agosto de 2015, confirmam que o total dos investimentos para a realização da Olimpíada e da Paraolimpíada Rio 2016 subiu para R$ 38.258,6 milhões, sendo 57% originário de recursos privados (deixando subentendido que haverá uma contra partida para estas empresas). 


Estes gastos contemplam a Matriz de Responsabilidade Olímpica, e o Plano de Políticas Públicas – Legado dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016, dos quais fazem parte os investimentos em mobilidade urbana, saneamento ou segurança. A terceira parte é o Orçamento do Comitê Organizador Local da Rio 2016, que prevê astos de R$ 7 bilhões com alimentação de atletas, pagamento de recursos humanos e campanhas de marketing, recursos que serão arrecadados com patrocinadores.




Na ocasião dos Jogos Pan-Americanos os gastos totais somaram aproximadamente 3 bilhões de reais na construção e reforma de ginásios, estádios e outras instalações esportivas e acessórias, permanentes e temporárias necessárias à realização deste grande evento esportivo.




Na Copa do Mundo de 2014 o plano de investimentos nas cidades-sede totalizou R$ 25,6 bilhões, incluindo Mobilidade Urbana, Aeroportos, Segurança, Telecomunicações e Turismo. O valor total investido nos estádios foi de R$ 8 bilhões, pagos com financiamento federal pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), recursos locais e privados. 

Tendo em vista a magnitude do evento - Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 - que irá acontecer em agosto de 2016 na cidade do Rio de Janeiro, é fundamental que aprofundemos este debate com a comunidade escolar do COLUNI/UFF, visando promover a conscientização de todos acerca das consequências, positivas e/ou negativas, da realização dos megaeventos.